Para abordar o tema da IA Responsável e suas aplicações no Governo, dois grupos foram criados onde um deles definiu dar atenção ao uso da Inteligência Artificial na Previdência Social pelo Governo Brasileiro investigando como a IA está sendo aplicada para otimizar processos, garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário e promover uma gestão mais eficiente e transparente dos recursos. Como resultado deste enfoque, o grupo planeja desenvolver um artigo científico que explore as potencialidades e desafios da implementação de soluções de IA na Previdência Social, com o objetivo de contribuir para a formulação de políticas públicas mais eficazes e responsivas às necessidades da população.
O segundo grupo examina a governança digital de modo a discutir as formas como a sociedade hoje pode aproveitar os benefícios e mitigar os impactos negativos do avanço tecnológico. Com especial interesse no contexto das interações entre humanos, algoritmos e sistemas de Inteligência Artificial, o trabalho visa aprofundar a compreensão das questões essenciais para a convivência social e operacional entre seres humanos e não humanos. Os pesquisadores envolvidos têm especial interesse na governança dos sistemas de monitoramento, vigilância e policiamento preditivo, frequentemente apresentados como solução de praticidade e eficiência em segurança pelos órgãos públicos. Entende-se que as abordagens sobre o uso desses sistemas variam amplamente, desde a defesa de ampliação até a sua proibição, de modo que neste debate o uso de tecnologias de vigilância biométrica e reconhecimento facial em espaços públicos emerge como um ponto polêmico junto às propostas de governança responsável. Se o desenvolvimento de tais tecnologias tornou-se uma realidade inevitável, é necessário entender as questões éticas que se interpõem entre os investimentos necessários e seus impactos em potencial. Nota-se que a falta de transparência nos algoritmos utilizados no monitoramento e reconhecimento facial é preocupante, dada a impossibilidade atual de compreender completamente como as decisões são tomadas e de que modo resultam em vieses, injustiças e pré (conceitos).
PESQUISADORES
Alexandre Pupo, Doutor e Mestre em Administração pela Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEAUSP);
Anderson Röhe, especialista em Direito Digital junto a UERJ e ITS Rio, mestre em Políticas Internacionais pela PUC–Rio, e doutorando em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC–SP;
Cesar Augusto Amaral Nunes, doutor em física teórica pela Universidade Técnica de Munique, pesquisador associado ao Instituto de Estudos Avançados da Unicamp;
Euclides Lourenço Chuma, Doutor em Engenharia Elétrica, especialista em dispositivos de hardware Professor e Pesquisador na Unicamp (2024), Pós-doutorado na Universidade de Linköping (2023);
Horrara Moreira, advogada popular e pesquisadora. Mestranda no Programa de pós graduação em Direito da Regulação da Fundação Getúlio Vargas;
Lucilene Cury, Professora Associada – Departamento de Comunicações e Artes da Escola de Comunicações e Artes – Universidade de São Paulo.. Pós-doutora pela Universidade de Paris V – Sorbonne (França);
Luís Eduardo Viegas, gestor corporativo e consultor. Graduado em Ciências da Computação pela UERJ, mestre em Administração pelo IBMEC-RJ e doutorando em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC–SP;
Carolina Christofoletti, Mestre em Cibercriminalidade pela Universidade de Nebrija, Espanha. Mestre em Compliance Criminal pela Universidade de Castilla La Mancha, Espanha. Bacharela em Direito com Distinção de Mérito pela Universidade de São Paulo. Diplomada em Perícia Forense pelo IPOG. Diplomada em Justiça Transacional e Acordos de Paz pela Universidade Católica da Colômbia;
Marcelo Batista Nery, doutor em Sociologia pela USP, Coordenador de Transferência de Tecnologia e Head do Centro Colaborador da OPAS/OMS (BRA-61) no Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e pesquisador associado do Laboratório Interdisciplinar de Estudos sobre Violência e Saúde (LIEVES);
Pedro Aurélio Sola da Silva Rodrigues, Graduando em Direito pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP;
Ricardo Soares, Pós-Doutor em Geociências/Geoquímica Ambiental pela Universidade Federal Fluminense – UFF;
Tatiana de Souza Leite Garcia, Consultora do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA) e do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Pesquisadora de Pós-Doutorado no Departamento de Geografia da USP, Doutora em Geografia Humana pela USP, Mestra em Geografia e Gestão do Território pela UFU, Graduada em Relações Internacionais e Geografia.